Meta (Facebook) acusada de espionar aplicativos concorrentes sob ordens de Zuckerberg
2 min readEm 2016, a Meta, anteriormente conhecida como Facebook, interceptou e espionou dados de usuários que utilizavam aplicativos de plataformas concorrentes. Isso fazia parte de um plano da empresa para tentar reduzir a popularidade de outras redes sociais, potencializando o próprio Facebook.
Facebook espionou o Snapchat
Para conseguir espionar os concorrentes, a empresa de Mark Zuckerberg recorreu a uma ferramenta chamada Onavo, que coletava dados de navegação de forma massiva. Quando ativado, o serviço lia o tráfego de um dispositivo, independentemente de este ter ou não criptografia.
Os dados eram enviados, sem o consentimento dos usuários de outros aplicativos, para serem analisados pelo Facebook. A plataforma, que também foi usada para monitorar o WhatsApp antes da sua aquisição pela Meta, acabou sendo desativada em 2019.
Foi assim que a empresa encontrou para analisar dados do tráfego do aplicativo concorrente Snapchat, cuja comunicação entre usuários e servidores é criptografada. Naquela época, o Snapchat rivalizava com o Instagram, especialmente entre o público mais jovem dos Estados Unidos (o TikTok ainda não era uma realidade).
O projeto recebeu o nome de Ghostbusters (Caça-Fantasmas, em português). As informações fazem parte de uma reportagem do TechCrunch a partir de documentos de um processo judicial aberto contra a Meta nos Estados Unidos.
Papel de Mark Zuckerberg
Ainda de acordo com a reportagem, o projeto de espionagem não era unanimidade dentro da empresa e vários funcionários eram contrários à ação.
O CEO e cofundador, Mark Zuckerberg, teria solicitado a solução para lidar com os concorrentes.
Ele teria dito aos funcionários da Meta que era “importante encontrar um jeito de ter dados confiáveis sobre eles [Snapchat]… Vocês precisam descobrir como fazer isso”.
A empresa rebateu as acusações e disse que o processo judicial é “sem fundamento” e que não há novidades em relação ao caso.
Concorrência desleal